.
um silêncio que pensa ironizar
dói.
vinga.
mata.
bem dramático, assim.
um silêncio que sempre existiu. o silêncio das tragadas e dos olhares. e dos não-olhares.
um silêncio disfarçado nas conversas. embebido em cervejas. camuflado em conceitos. colorido pelas piadas. ofuscado pelo meu próprio, tão nítido.
um silêncio covarde.
.
e já que a nova-ordem é surpreender assim, desenganando-nos, reforço aos berros, socando os braços em cima da mesa, suando o corpo todo, com o rosto vermelho-sangue e as veias da minha testa saltando sob a pele:
- !
.
não é ironia.
é uma questão de escolha.