terça-feira, 6 de julho de 2010

non-sense

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um silêncio que pensa ironizar
dói.
vinga.
mata.
bem dramático, assim.

um silêncio que sempre existiu. o silêncio das tragadas e dos olhares. e dos não-olhares.
um silêncio disfarçado nas conversas. embebido em cervejas. camuflado em conceitos. colorido pelas piadas. ofuscado pelo meu próprio, tão nítido.

um silêncio covarde.

.
e já que a nova-ordem é surpreender assim, desenganando-nos, reforço aos berros, socando os braços em cima da mesa, suando o corpo todo, com o rosto vermelho-sangue e as veias da minha testa saltando sob a pele:
- !

.
não é ironia.
é uma questão de escolha.