segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

acredito no que se sente e no que se segue a partir daí. o que se observa e se deduz. não duvido ou julgo mal. eu também sinto e observo e deduzo coisas-outras. por vezes opostas. e se ainda assim nada parece verdade-absoluta, entrego-me ao que penso, sem pára-quedas reserva. tento ver céu-azul em dias-são paulo. e quando ainda assim não vejo nada, entrego-me ao que sinto, sem pára-quedas algum. e o que sinto é a verdade-absoluta. é o amor-cubo-mágico. cores-todas - mesmo aquele cinza daquele céu encoberto - porque há o que cobrir.
e há o que des-cobrir
que não é resolver porque não há conflito.
há tempo
e nuvens
e sol
e arco-íris.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

tique-taque

um poder que não me pertence.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

jeito-certo é amor platônico. eu mesma invento. eu mesma dou o banho. eu mesma visto. eu mesma passo toda a maquiagem. eu mesma escolho o salto agulha (não é um perigo?). eu mesma sirvo de espelho. eu mesma apareço assim, linda. eu mesma chamo a atenção. eu mesma empino o nariz e me faço brilhar. eu mesma me sirvo do espumante. eu mesma procuro por conhecidos. eu mesma vou até o centro do salão. eu mesma tropeço no tapete vermelho. eu mesma rasgo o vestido todinho. eu mesma deixo aparecer a calcinha remendada. eu mesma mal consigo me levantar. eu mesma viro o centro de tudo, de todas as risadas, de toda a vergonha. eu mesma fecho os olhos. eu mesma choro sozinha. eu mesma enxugo as lágrimas de criança. eu mesma abro os olhos, enfim.
eu mesma acordo todos os dias aliviada por pensar que ele não é nem matéria. até que penso no dia-a-dia e no amor, e a criação entra em cena.

como se nada tivesse acontecido.