segunda-feira, 30 de agosto de 2010

a viagem

ao estado solitário,
um brinde seco
de quem sente que a viagem nos deixa sós.

tudo está tão cheio de amor!
quando meus olhos tremem fechados e meus pêlos arrepiam
é tanto céu quanto terra.
é a viagem que nos deixa sós.

a arte que respira e as vidas cruzadas
e os carpe diem-s regentes
e a inspiração
confortam a viagem que nos deixou sós.

não cabe gritar ao desapego que apareça
ainda que apareça
não carece gritar.
a viagem nos traz sós atrás do que não cabe mais.

canto o transporte imenso dos sentidos
na maior correspondência de almas:
a do sol e da lua.

eu te amo.