segunda-feira, 12 de abril de 2010

a little more blue than then

já que não é possível dizer "saudade" em inglês, o próprio tom a transviou para a língua de lá - para que jazzistas encantados sentissem o gostinho da bossa-nossa um pouco (mas só um pouco) mais de perto. o que era pra chegar-de-saudade virou no more blues. e o que era negócio de você viver sem mim virou casa construída com mulher pra morar. e o que era molejo dançou assim, durango, em síncopas com alma tercinada. tudo bem. soou doce em doces e rosas vozes. gostei. também gosto do nosso jeitinho-metido-a-sambista torcendo erres de new orleans, enloirando os morenos e acentuados tempos fortes daqui, catando milho por milho do negro e impensado improviso de lá. gosto, sim. de cá e de lá, com corpo delgado com ou sem cor do pecado. o que vale é o que soa e o que deixa de soar.

vale o blues de todo canto.
canto.