quarta-feira, 14 de abril de 2010

minha cara,

sabia que voltaria a lhe escrever. eu sempre soube.

às dez da manhã de hoje, lá andava eu, na paulista de céu azul de outono de ternos suados (já!) de marmitas socadas de hippies sonados de madames tingidas de empresários cassados de mendigos caçantes. cesariana a 6 graus celsius - paulista de sangue há vinte anos.
minha cabeça não parecia minha. pulsava a cada buzina. as pernas cansadas de tantas campinas, cadê o cume? caos. e tantos outros cês que ainda não se çabe bem os porquês.

é só isso que eu queria dizer.

choro e rio
(sem hierarquia)
sem máscara.

um cara-a-cara inenarrável, minha cara.