quinta-feira, 6 de maio de 2010

maçã amorosíssima

confesso... nunca. nunquinha.
pretendo desvirginar essa boca e essa língua e esse paladar inteiro agora mesmo, nas tantas festas
sanfoneiras e xadrezes e quentonas que estão por vir.
algodão-doce, conheço bem. como muitos outros tolos, como desde criancinha achando o máximo aquele monte de açúcar colorido e
grudento virando pó-zinho mágico dentro da boca, num sumir tão bizarro quanto excitante. até virar metáfora-de-amor em anos tardios. amor que como como muitos outros tolos, achando o máximo aquele monte de açúcar colorido e grudento virando pó-zinho mágico dentro da boca e da língua e do corpo todo, num sumir tão bizarro quanto inevitável.

festas e solidões ainda maiores...! e mais suspiros. penso no que se foi e meus olhos se enchem de lágrimas. penso no aqui, pé no chão, presente e no que está por vir e as lágrimas escorrem feito chuva mesmo. de verão.

vou morder essa maçã com toda a vontade do mundo.